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24/04/2018 – SÃO PAULO – Fiscalizações e vistorias realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), entre os anos de 2015 e 2017, já apontavam situações de irregularidades na estrutura do prédio que abrigava a creche ‘Diomira Napoleone Paschoal’ que desabou na última quarta (18/4) em Agudos (SP) e deixou vinte pessoas feridas–16 crianças, 3 professoras e uma funcionária.

Desde 2015, o TCE, durante realização de fiscalizações ordinárias e ordenadas, apontava que uma das deficiências no local era justamente no forro da unidade educacional – onde foram detectados pontos de infiltrações e locais específicos que deveriam ser lacrados no sentido de evitar possíveis acidentes.

De acordo com o documento, além do perigo da infiltração que comprometia a segurança, o Tribunal de Contas ainda destacou haver problemas relacionados à saúde pública por conta da presença de pombos no local.

Em junho de 2017 – 2 anos após a primeira vistoria – os fiscais retornaram ao local após a Municipalidade ter alegado que as recomendações do TCE haviam sido seguidas e as situações impróprias haviam sido sanadas.

Na oportunidade, a fiscalização anotou que, ‘apesar dos reparos na cobertura e a retirada significativa de material inservível, foram encontrada s paredes com infiltração e muitas penas de aves espalhadas pelo chão’, indicando a presença de pombos por conta do estado de precariedade do telhado e forro da creche.

Após o desabamento – que não teve mortes – a Polícia Civil abriu um inquérito de lesão corporal e vai investigar o caso. Além da Polícia Científica, que realizou perícias no local, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (ITP) fará uma avaliação das condições do prédio nesta quinta-feira (26/4).